Apesar de o Ceará não estar incluído no mapa brasileiro mais afetado pela dengue, o Estado tem uma média de 1,2 mil casos por mês – são 7.603 diagnósticos, com 2 mortes causadas pela doença, até o momento. No primeiro semestre do ano passado, o Estado registrou 8.469 casos de dengue e 5 óbitos.
Neste ano, numa situação mais delicada, 15 pacientes tiveram a forma grave da doença, quando entre 3 e 7 dias após o início dos sintomas há uma piora crítica do estado de saúde – com dor abdominal intensa e até sangramento – e risco de vida, como explica o Ministério da Saúde.
Os dados são da Secretaria da Saúde do Ceará, disponibilizados na plataforma IntegraSUS, com atualização feita na terça-feira (2). Em geral, o primeiro semestre concentra os números da doença devido à quadra chuvosa, entre fevereiro e maio.
Existem 4 sorotipos de dengue, mas o Ceará está com a circulação apenas do DENV-1 e DENV-2. No Brasil, o aumento de casos da doença acontece devido ao sorotipo 3, como explica o superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP) Luciano Pamplona.
A dengue é a arbovirose com a maior proporção de casos confirmados (20,3%), na frente da Chikungunya (7,57%) e Zika (0,17%). No Estado, Brejo Santo (2.273), na Região do Cariri, e Fortaleza (1.469) concentram os casos confirmados até o momento. Além desses municípios Porteiras com 456 casos, Juazeiro do Norte com 232, Caucaia com 208, Crato com 200, Tianguá com 173, Tauá, com 147, Altaneira com 135 e Graça com 131 ocupam o ranking das 10 cidades do Ceará com mais casos de dengue (Fonte: Secretaria da Saúde do Ceará / Plataforma IntegraSUS).
Para evitar novos episódios de alta transmissão, o Brasil começou a aplicar vacinas contra a dengue. Em abril deste ano, o Ministério da Saúde repassou 42,3 mil doses de vacinas contra a dengue para 4 municípios do Ceará. A imunização começou em maio com objetivo de imunizar apenas 25% da população entre 10 e 14 anos de idade.
Com informações: DN