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Queimadas no sertão cearense: Setembro registra mais de 80% de focos em relação ao mês anterior

Setembro já apontou um aumento de 80% no número de queimadas no sertão cearense em comparação com o mês anterior – agosto. O levantamento é da Enel Distribuição Ceará. A empresa, concessionária de serviços de energia elétrica, adquiriu, no ano passado, um Sistema de Monitoramento e Alerta que registra queimadas no Estado.

Levantamento realizado pelo Sistema de Monitoramento e Alerta da Enel e pelos Bombeiros Militares mostram aumento das ocorrências
Foto: Honório Barbosa

Até o dia 27 de Setembro, o Ceará havia registrado mais de quatro mil focos de queimadas em 2020, segundo a empresa. As cidades com maiores ocorrências foram Icó (412), Saboeiro (141) e Iguatu (87), na região Centro-Sul do Estado, e Santa Quitéria (311) e Sobral (222), na região Norte.

Os dados mostram que a maior parte dos incêndios está localizada nas regiões Centro-Sul, Sul e Leste, com 50% dos casos. O dia com maior número de focos neste ano foi 31 de agosto, quando foram observados 325, seguido por 5 de setembro (281) e 1º de setembro (162).

Após o início do período mais seco no Ceará (agosto a dezembro) o número de incêndios aumenta mensalmente. Em 2019, a distribuidora registrou um total de 53.671 focos de incêndios no Estado. Novembro do ano passado foi o mês com maior incidência – 21.462 casos.

A Unidade Operativa Sul também foi a mais afetada, somando 59% dos casos de todo o ano de 2019. Já os municípios com maiores registros foram Acopiara (2.637), Mombaça (2.187), Icó (1.640), Crateús (1.542) e Cedro (1.279).

No ano passado, três dias registraram o maior número de focos: 25 de outubro (1.773), seguido de 8 de novembro (1.581) e 15 de novembro (1.338).

Bombeiros

O Corpo de Bombeiros do Ceará registrou no trimestre, julho a setembro, 1.471 ocorrências de incêndios em vegetação. Sobral liderou no período o ranking das dez cidades com 518 focos de incêndios em vegetação. Em segundo lugar, aparece Juazeiro do Norte (328), seguido de Iguatu (205), Itapipoca (133) e Crateús (128).

De acordo com a corporação, 92% desse tipo de fogo tem registro no segundo semestre de cada ano, quando a mata está seca, o tempo mais quente e os agricultores colocam fogo na mata para limpeza do terreno, abertura de áreas para pastagens.  

Alerta

O Sistema de Monitoramento e Alerta adquirido pela empresa Enel registra chuvas, ventos fortes, queimadas e descargas atmosféricas. Os equipamentos auxiliam ainda na verificação de possíveis ocorrências na rede da distribuidora, possibilitando que técnicos e engenheiros monitorem, em tempo real, todo o Ceará.

O trabalho é realizado 24 horas por dia pelo Centro de Controle do Sistema (CCS), a partir de satélite, com dados fornecidos em tempo real pelo Climatempo e serve para aperfeiçoar o serviço em caso de interrupção no fornecimento de energia.

A empresa e os Bombeiros vêm reforçando orientação nas últimas semanas para que a população não origine incêndios em qualquer tipo de material, por menor que seja o volume, próximo à rede elétrica, pois o fogo pode, além de provocar o desligamento das cargas, danificar os equipamentos e até provocar danos estruturais, o que pode resultar em graves acidentes.

Em áreas urbanas, a maior parte das queimadas ocorre em lotes baldios onde há muita vegetação e, muitas vezes, acúmulo de lixo. A distribuidora ressalta que a limpeza dos terrenos e o descarte adequado desses resíduos é essencial para evitar pequenos incêndios próximos à rede. Na vegetação, o fogo pode se espalhar e tomar proporções maiores, destruindo plantios, pastagem e até instalações rústicas.

Serviço:

Para comunicar ocorrências, solicitar serviços ou informações, a população pode entrar em contato com a distribuidora pela Central de Atendimento – 0800 285 0196 – ou pelos perfis nas redes sociais Facebook e Twitter.

Com Informações: Diário do Nordeste

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