Search
Close this search box.

CE: Analfabetismo persiste e taxa de mortalidade cai

O estudo avaliou três conceitos: a infraestrutura urbana, a prosperidade social e o capital humano. Em relação ao último,...

A taxa de analfabetismo continua alta: 18,74 para cada 100 pessoas maiores de 15 anos. A faixa etária mais preocupante é acima de 50 anos (Foto: Lucas de Menezes/Diário do Nordeste)
A taxa de analfabetismo continua alta: 18,74 para cada 100 pessoas maiores de 15 anos. A faixa etária mais preocupante é acima de 50 anos (Foto: Lucas de Menezes/Diário do Nordeste)
A taxa de analfabetismo continua alta: 18,74 para cada 100 pessoas maiores de 15 anos. A faixa etária mais preocupante é acima de 50 anos (Foto: Lucas de Menezes/Diário do Nordeste)

O estudo avaliou três conceitos: a infraestrutura urbana, a prosperidade social e o capital humano. Em relação ao último, ele reúne indicadores de saúde e educação. Mortalidade infantil, crianças fora da escola, maternidade precoce, analfabetismo, mães que abandonam os estudos para chefiar a casa e jovens sem ocupação formal são quesitos avaliados pela pesquisa.

No Ceará dos contrastes sociais, estudo revela que, enquanto a taxa de mortalidade de crianças até 1 ano de idade diminuiu significativamente – passando, em 2000, de 41,43 para 19,29 para cada grupo de mil nascidos vivos –, a de analfabetismo continua preocupando, principalmente na faixa dos 50 anos ou mais. O Ceará tem taxa de 18,74 para cada 100 pessoas maiores de 15 anos. Já foi pior no início da pesquisa, com 26,54 para a mesma proporção. “O que reforça a ideia de que precisamos recuperar o tempo perdido”, frisa o educador Pedro José de Moraes.

Os dados levantados pelo Ipea mostram que os índices na educação no Brasil melhoraram, mas ainda são preocupantes. Entre as crianças de 0 a 5 anos, 56,85% não frequentavam escola ou creche em 2010 – em 2000, eram 76,21%.

O índice de crianças vivendo em casas onde ninguém completou o ensino fundamental também é alto: 30,39% em 2010, contra 49,86% em 2000. No Ceará esse número chega a33.99% e em Fortaleza, 21.96. “Isso demonstra que as gerações passadas não tinham acesso à escola. No entanto, não adianta apenas colocar na sala de aula. É preciso melhorar a qualidade do ensino. Acredito que isso fará parte da próxima pesquisa”, avalia.

Nordeste

No Nordeste, o Ceará tem a melhor taxa de mortalidade infantil. Em Alagoas, a cada mil bebês, 28,40 morrem antes de completar 1 ano. “Estudo recente do IBGE já chamou atenção para essas disparidades. É preciso dizer que o IVS Capital Humano no Brasil teve uma redução de 0,141, o que representa 28%, passando de 0,503 (muito alto) para 0,362 (médio)”, destaca.

Em relação à Fortaleza, a taxa de mortalidade infantil também reduziu pela metade, passado de 34,57 para 15,76, no período. O dado é menor do que o brasileiro, que é de 16,7. “A meta é conseguir alcançar a casa de um dígito nos próximos anos”, afirma a titular da Secretaria Municipal de Saúde, Socorro Martins.

O estudo enfoca a gravidez precoce. A Capital tem percentual de 2,85% de sua população feminina de 10 a 17 anos de idade. Em 2000, era de 3,38%.

FIQUE POR DENTRO

Índice tem relação direta com a pobreza

A vulnerabilidade social está ligada à exclusão social e pobreza e aponta a ausência ou insuficiência de alguns ativos, recursos ou estruturas, como acesso às condições adequadas de moradia, educação, serviços, entre outros e que deveriam estar à disposição de todo cidadão, promovendo condições de vida e de inserção social favoráveis.

As vulnerabilidades sociais decorrem de processos sociais amplos, contra as quais o indivíduo, por si só, não tem meios para agir; e cujos rumos, só o Estado tem condições de alterar. Para o Ipea, o número de cidades com alta ou muito alta vulnerabilidade social caiu de 3.610 no ano 2000 para 1.981 em 2010. E os com baixa ou muito baixa passou de 638 para 2.326 no mesmo período.

LEIA TAMBÉM