- Publicidade -

FORTALEZA: Manifestantes acampados no Parque do Cocó fazem greve de fome

Grupo inicia greve de fome no Parque do Cocó (Foto: Ocupe Cocó)

Manifestantes acampados no Parque do Cocó, em Fortaleza, iniciaram nesta quinta-feira (29) uma greve de fome em protesto contra as obras dos viadutos no cruzamento das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales. Segundo os manifestantes, a greve de fome é tentativa de chamar atenção da Prefeitura de Fortaleza para iniciar um diálogo com propostas alternativas à obra dos viadutos.

Os ativistas acampados no Parque do Cocó alegam que os viadutos vão causar impactos urbanos negativos, além de dar espaço a ciclistas e pedestres. Eles afirmam também que a obra causa a destruição do Parque do Cocó e elaboram propostas alternativas de melhorias urbanas com sem causar danos à área ecológica.

A Prefeitura de Fortaleza alega que os projetos alternativos são “inviáveis” e que não irá “voltar atrás” em relação à construção dos dois túneis. A Prefeitura de Fortaleza afirma também que tentou manter diálogo com os manifestantes por meio do secretário de Direitos Humanos de Fortaleza, Karlo Kardozo, mas teve propostas recusadas.

Decisão judicial
A Justiça Federal decidiu na tarde desta quinta-feira autorizar a continuidade das obras dos viadutos no Bairro Cocó, no cruzamento das vias Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales. A obra está parada há um mês, desde que manifestantes iniciaram uma série de protestos no local, e a Justiça embargou a obra por meio de decisão judicial. A decisão é do presidente em exercício do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, Pernambuco.

A decisão desta quinta-feira foi uma manutenção da determinação feita na semana anterior, que já autorizava a continuidade das obras. A decisão foi suspensa após alegação do Ministério Público Federal no Ceará de desmatamento “excessivo”. Nesta quinta-feira, a Justiça entendeu que não “há fato novo” na alegação do MPF.

Para o juiz, a ação é uma tentativa do MPF de paralisar as obras. A decisão registra “qualquer fato novo hábil a ensejar nova paralisação das obras, ponderando que, em verdade, os argumentos levados ao conhecimento do douto julgador monocrático consistem apenas em mais uma descabida tentativa do Ministério Público Federal de sobrestar o andamento de empreitada tão necessária à cidade de Fortaleza”.

O Ministério Público Federal pediu a paralisação das obras alegando que o desmatamento feito na área do Cocó foi três vezes maior que o previsto em lei. A Prefeitura de Fortaleza diz que o desmatamento foi regular e derrubou árvores que não são nativas da região.

G1 CE

VEJA OUTRAS NOTÍCIAS
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS