Aquela expressão de que a NAZA (agência espacial do EUAs) precisa estudar o cearense se torna mais real que nunca. Pensando em tratar pacientes com insuficiência respiratória, incluindo a causada pela Covid-19, pesquisadores do Ceará desenvolveram o Elmo, um mecanismo de respiração artificial não invasivo que pode reduzir em 60%, de acordo com a comprovação dos testes, a necessidade de internação em UTI e a intubação de pacientes com Covid-19.

Recentemente, a Secretaria da Saúde do Ceará doou ao estado do Amazonas – que enfrentou a partir das primeiras semanas de janeiro o momento mais grave da pandemia – 65 unidades do aparelho e capacitou profissionais da saúde para utilizá-lo em pacientes internados com o novo coronavírus.
O que é o Elmo?
O Elmo é um capacete de respiração assistida genuinamente cearense, não-invasivo e mais seguro para profissionais da saúde e pacientes.
Criado em abril de 2020 em uma força-tarefa que envolve uma parceria público-privada, o equipamento inovador surgiu como um novo passo para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda hipoxêmica por Covid-19.
Como funciona
O Elmo envolve toda a cabeça do paciente. Ele é fixado no pescoço com uma base que veda a passagem do ar. Aplica-se um fluxo de gases medicinais com oxigênio (O2) e ar comprimido capaz de gerar uma pressão positiva (acima da pressão atmosférica). Essa pressão ajuda em situações em que o pulmão está com dificuldade de oxigenação.
O Elmo pode ser esterilizado e reutilizado em outros pacientes, além de aumentar a segurança dos profissionais de saúde, já que, por ser vedado, não permite a proliferação de partículas de vírus.
“Também é eficiente para outras situações em que o problema do pulmão for a oxigenação, como em pneumonias e outras situações comuns, como um edema pulmonar.”
Força-tarefa pelo equipamento
Holanda destacou que foi montada uma força-tarefa que, só na fase de prototipagem, contou com a participação de mais de 40 pessoas entre pesquisadores, voluntários e equipe de apoio da ESP, da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de Fortaleza (Unifor).

*OKariri com informações e imagens da UFC