Válido pela segundona cearense, Barbalha e Uniclinic tinha tudo para ser um jogo tranquilo. A Raposa tentava sair da zona de rebaixamento, enquanto a Águia da Precabura queria encostar no líder da competição. Mas nem tudo foi calmo. Na noite da última quarta-feira (8), no estádio Inaldão, em Barbalha, partida terminou em 1 a 0 para o visitante. E o resultado foi somente o início da confusão.
Aos 47 minutos do segundo tempo, o árbitro Eduardo Alencar marcou um pênalti, de acordo com o goleiro da Raposa, Vitor Lagoa “não existente”.
“O juiz assinalou a marcação no fim do jogo, fomos reclamar, mas ele começou a menosprezar o nosso elenco, dizendo que não podíamos falar nada, porque a equipe está na última posição”.
Ao final da partida, os jogadores do Barbalha foram reclamar com o trio de arbitragem. Segundo o camisa 1, o árbitro proferiu ameaças e o expulsou. Vitor Lagoa não gostou e deu um soco no juiz da partida. Diante da agressão, a polícia militar interferiu dando tiros para cima, com o intuito de afastar os jogadores.
“Eu sei que estou errado em socá-lo, mas ele nos faltou com respeito. Quando escutei os tiros, saí correndo para o vestiário, juntamente com os outros jogadores”, afirma o goleiro.
Já segundo o presidente da Raposa, Gilson Alves, a polícia foi ao local dos jogadores para tentar prender Vitor Lagoa. Ao chegar, os atletas afirmaram que Lagoa já tinha ido embora do estádio.
“O resto do time entrou no vestiário e, quando a polícia chegou, fomos agredidos”, disse o dirigente. Na tarde desta quinta-feira (9), o goleiro vai à delegacia registrar um boletim de ocorrência (B.O.) e fazer exame de corpo de delito.
Federação Cearense
O Tribuna do Ceará entrou em contato com a FCF, mas, segundo a assessoria da entidade, somente após a entrega da súmula por parte do árbitro, haverá alguma determinação. Contudo, a decisão de punição ou não ficará a cargo do Tribunal de Justiça Desportiva. Também foram feitas várias tentativas de contato com a Polícia Militar de Barbalha, mas as ligações não foram atendidas.
Goleiro, dirigente e fornecedor de material esportivo
O Tribuna do Ceará já havia entrevistado Vitor Lagoa no início da segundona do estadual cearense. Além de número 1 do Barbalha, ele é também dirigente esportivo da equipe e fornece o material esportivo para o time.
Torcedor símbolo
Ainda sobre o Barbalha, o Tribuna do Ceará já havia contado também a história do seu torcedor símbolo, Júlio Campos, vulgo “Coronel”. Ele é tão apaixonado pelo Raposa que marca presença em treinamentos, vai à todas partidas da equipe, além de outras loucuras. Ele já pulou até muro de estádio para acompanhar a equipe.