Na Delegacia da Mulher em Crato foram registrados 753 boletins de ocorrência no ano de 2018. Os principais registros são de ameaças, lesão corporal dolosa e “vias de fato”, com destaque para os dois assassinatos ocorridos entre agosto e setembro deste ano, vitimando duas professoras do município.
Durante o ano, foram instaurados 289 inquéritos em Crato. Em todo o Ceará, há 10 delegacias especializadas no atendimento às mulheres. Duas delas no Cariri, localizadas no Crato e em Juazeiro do Norte. Ao todo, 12 mulheres foram mortas neste segundo semestre do ano.
A delegada Camila Brito comenta os números e diz que, após o primeiro feminicídio registrado em agosto no Crato, o número de boletins de ocorrência duplicou. “A gente pode interpretar como sendo um encorajamento dessas mulheres”, afirma.
Mesmo após os casos alarmantes, a taxa de mortes vem caindo com o passar dos meses, e o número de B.O.’s aumentando, o que segundo a delegada demonstra uma maior conscientização das mulheres em relação a buscar ajuda e de denunciar a agressão sofrida.
Estupro
Os casos de estupros também foram destaque neste ano de 2018, onde muitos casos foram registrados, inclusive no ambiente familiar. Crianças e adolescentes, segundo a delegada, são os principais casos de ocorrências recebidos pela Delegacia da Mulher. Alguns casos de agressão seguida de estupro se enquadraram na lei Maria da Penha.
[ads1] Para as mulheres que queira efetuar queixa ou buscar ajuda, a Delegacia funciona apenas em horário comercial. Nos fins de semana e à noite deve-se procurar a Delegacia Regional Civil mais próxima ou ligar para o número 180.
Fonte: Badalo, com informações da Rádio CBN Cariri.