O percentual de pessoas em situação de pobreza no Ceará caiu de 50,7%, em 2022, para 48,7%, em 2023, enquanto a proporção de pessoas em extrema pobreza caiu de 9,0% para 5,9%, neste período. Os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) resultam da Síntese de Indicadores Sociais 2024, que estuda a distribuição de renda no estado. O levantamento foi divulgado, nesta quarta-feira (4).
Num cenário sem programas sociais
Segundo o levantamento, num cenário em que não existissem programas sociais, o índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda, teria sido 16,7% maior no Ceará, passando dos atuais 0,513 para 0,599. Considerando uma hipotética ausência dos programas sociais, os impactos teriam uma elevação de 14,1% na proporção de pobres no Ceará, no ano passado. Já a extrema pobreza teria sido 2,5 vezes maior em 2023 no estado.
Renda
O levantamento aponta, ainda, que o percentual de pessoas em extrema pobreza, ou seja, que viviam com menos de R$ 211,00 por mês, no Ceará, caiu para 9,4% no ano passado, após alcançar 10,9%, em 2022. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza, que viviam com até R$ 672,00 por mês, caiu de 50,7% em 2022 para 48,7% em 2023.
Segundo o IBGE, em termos de contingente, em 2023, havia 876 mil pessoas na extrema pobreza e 4,5 milhões na pobreza, com queda de cerca de 140 mil e de 157 mil pessoas, respectivamente, nessas situações de um ano para o outro. “O que confirma a força dos programas sociais no que se refere à redução da extrema pobreza no estado, em mais da metade’, pontuda o Instituto.
Norte e Nordeste
A pesquisa evidencia a desigualdade histórica das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nessas áreas, os programas sociais exercem papel ainda mais relevante, sendo considerados ferramentas fundamentais para a redução das disparidades econômicas. Apesar dos avanços, os dados mostram que a pobreza e a extrema pobreza continuam a atingir milhões de cearenses.
Com: O Otimista