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Guarda municipal é suspeito de dar apoio a quadrilha que tentou assaltar agências bancárias em Milagres

Volkswagen Saveiro que teria sido utilizado por criminosos foi apreendido no bar de um guarda municipal de Barro FOTO: THIAGO GADELHA

Um preso no tiroteio em Milagres e um guarda municipal de Barro são suspeitos de dar suporte a uma parte da quadrilha que tentava assaltar duas agências bancárias. A dupla conviveu com criminosos, mas nega envolvimento.

Volkswagen Saveiro que teria sido utilizado por criminosos foi apreendido no bar de um guarda municipal da cidade de Barro.

Quadrilhas especializadas em roubos a instituições financeiras planejam o crime, levantam informações sobre a área e a rotina dos moradores. Na tentativa de atacar duas agências bancárias em Milagres, no último dia 7 de dezembro, o bando formado por cerca de 30 homens contou com a ajuda de cearenses para se instalar na região.

Parte da organização criminosa se abrigou e se alimentou em imóveis localizados no Distrito de Santo Antônio, no Município de Barro (cerca de 28 km de distância de Milagres), desde a quarta-feira anterior, dia 5. Um homem que foi preso dois dias depois e o seu compadre, um guarda municipal de Barro, são suspeitos de dar suporte à quadrilha e confirmaram a presença dos assaltantes de banco em seu convívio, nos depoimentos prestados à Polícia Civil – e obtidos pelo Sistema Verdes Mares (SVM).

Cícero Rozelir da Silva Caldas, o ‘Liu’, de 34 anos, contou à Delegacia Regional de Brejo Santo que estava no Bar da Pedra, estabelecimento do compadre Everaldo Moreira da Silva, quando chegaram cerca de dez homens, em três veículos (um Chevrolet S-10 de cor branca, um Volkswagen Saveiro branco e um Mitsubishi L200 vermelho), na quarta-feira. Segundo ele, o grupo teria ingerido bebida alcoólica e dormido no bar.

No dia seguinte, quinta-feira (6), ‘Liu’ e a esposa fizeram um almoço para o grupo, com direito a frango, arroz e feijão. Ele afirmou à Polícia que, na noite, discutiu com a mulher e foi parar na casa da amante, apontada como álibi para negar o envolvimento com a quadrilha e a participação direta na ação criminosa em Milagres, que terminou com 14 mortos – sendo seis reféns.

Um PM que saiu de Brejo Santo para dar reforço em Milagres, na madrugada, relatou aos investigadores que se encontrou com ‘Liu’ em uma estrada carroçável e pediu informações sobre o trajeto das outras viaturas policiais, sendo enganado por uma informação errada. Minutos depois, o cearense terminou preso. Para a Polícia, Cícero Rozelir era o “apontador” da quadrilha, responsável por indicar as rotas da região e dar apoio logístico aos assaltantes.

Guarda municipal

Ainda naquela sexta-feira (7) trágica, a Polícia Militar recebeu a informação de que havia suspeitos no Bar da Pedra, em Barro, e se dirigiu ao local. Um sargento depôs que um homem tentou fugir pelo matagal e trocou tiros com a composição policial. O suspeito foi morto e a pistola, calibre 380, que ele portava, apreendida.

[ads1] Os PMs fizeram uma vistoria na área e recolheram munições calibre 12, chapa de ferro e grampos utilizados para furar pneus, dentro da Saveiro, que estava estacionada no bar; a Saveiro e a S-10 também foram apreendidas.

A Polícia começou a procurar por Everaldo Silva. Até que ele se apresentou espontaneamente na Delegacia de Brejo Santo, no último dia 12. No depoimento, contou uma história diferente da de seu compadre. Segundo o guarda municipal, foi ‘Liu’ quem chegou ao seu bar com dois homens e, como confiava no amigo, deixou que ele ficasse no estabelecimento na noite da quarta-feira (5). Ao acordar no dia seguinte, havia dois veículos estacionados no bar.

Everaldo afirmou que, no dia fatídico, foi ao Centro de Barro sacar um dinheiro e negou envolvimento ou qualquer conhecimento da quadrilha. O guarda municipal já foi preso uma vez, por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, no dia 16 de maio de 2016.

Fonte: Diário do Nordeste.

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